O conforto e as facilidades trazidas pela eletricidade são tão comuns hoje em dia que só percebemos sua importância quando algo para de funcionar. Consertar pequenas falhas elétricas em sua casa não é muito complicado e não são exigidas ferramentas especiais. Se considerarmos que as instalações elétricas têm uma lógica simples e que devem seguir padrões pré-estabelecidos, só precisamos ter alguns cuidados antes de tentar efetuar o conserto: entender os princípios de funcionamento e tomar alguns cuidados com a segurança pessoal e da instalação. Veja algumas dicas a seguir.
1. Um circuito elétrico é formado por fios que conduzem a eletricidade desde a fonte de energia (por exemplo, o quadro de disjuntores de sua casa), passando por dispositivos (tomadas, bocais, interruptores, etc), e voltando àquela fonte. O cabo energizado (ou fase) leva a eletricidade até o dispositivo e o cabo neutro a traz de volta até o quadro de disjuntores. As conexões podem ser paralelas ou seriais.
2. Conexões em paralelo – usadas para ligações convencionais de nossa residência, podem ter diversos dispositivos operando no mesmo circuito, com os cabos fase e neutro caminhando juntos de uma caixa de passagem para outra, nos quais são conectados os dispositivos. | |
3. Conexões em série – este tipo de circuito liga o cabo fase a todos os dispositivos antes de se ligar ao cabo neutro e retornar para a fonte. São raramente usadas em instalações domésticas, pois se uma lâmpada queimar, todas as outras lâmpadas do mesmo circuito apagarão, já que a corrente elétrica foi interrompida. Um bom exemplo deste tipo de conexão é encontrado nos conjuntos de lâmpadas de natal. | |
4. A primeira regra mais importante para reparos elétricos é somente usar ferramentas isoladas (com cabo/proteção de borracha ou plástico), para evitar choques. Isto se aplica a alicates, chaves de parafuso, tesouras, giletes, e qualquer outra ferramenta que for necessária. Lembre-se também que a água e a energia elétrica não combinam: a água conduz a eletricidade. Nunca faça o reparo se houver humidade no local, se o chão estiver molhado, etc. Se pecisar, use sapato de sola de borracha. | |
5. A segunda regra mais importante é nunca trabalhar em circuitos energizados (ou “vivos”). Antes de qualquer coisa, desligue o circuito no quadro de disjuntores. Se ele é protegido por fusíveis, basta retirar aquele que está instalado na ramificação que necessita de reparo. Para ter certeza que o circuito está desligado, deixe uma lâmpada que estiver conectada àquele circuito ligada, antes de desligar o disjuntor ou retirar o fusível. Quando ele for desligado, a lâmpada também desligará. | |
6. Outro tipo de teste para ver se os cabos estão energizados pode ser feito usando o teste neon. Encoste um dos terminais do teste em um dos cabos e o outro terminal no outro cabo. Se o circuito estiver energizado, o teste acenderá. Tenha cuidado de segurar os terminais do teste na parte de plástico. Para ter certeza que o teste neon está funcionando, coloque seus dois terminais em uma tomada que esteja energizada. Se o neon acender, o teste está funcionando. | |
7. Os disjuntores e os fusíveis têm a função de proteger o respectivo circuito elétrico de curtos e sobrecargas. Quando isso acontece, o disjuntor desarma e o fusível queima. Antes de religar o disjuntor ou trocar o fusível, tente identificar a causa do problema: em geral, pode ter havido um curto circuito numa tomada, num interruptor ou mesmo num aparelho elétrico; uma sobrecarga causada pelo uso de mais aparelhos elétricos do que o previsto para o circuito; ou quando há um pico no fornecimento de energia elétrica (depois de uma falta de luz, durante uma tempestade com raios, etc.). | |
8. Outro cuidado adicional que você pode tomar é marcar, no quadro de disjuntores ou de fusíveis, o circuito que você desligou. Use uma fita adesiva de papel, por exemplo, para colocar um aviso para ninguém mexer ali enquanto você estiver trabalhando. Leve o fusível no seu bolso ou prenda o disjuntor na posição desligado com uma fita isolante. Enquanto você estiver consertando um aparelho elétrico mantenha-o desligado da tomada. Só desligar a chave ou botão de liga/desliga não é suficiente. | |
9. Para fazer reparos elétricos, você tem à disposição diversos tipos de cabos: o simples de cobre rígido, normalmente usado nas conexões elétricas internas fixas de sua casa; o simples flexível, mais fácil de manusear; o paralelo flexível, em geral de uso externo, que pode ser usado para fazer extensões, etc.; e o paralelo rígido, que pode ser usado quando se desejar instalar uma outra tomada na parede, por exemplo. | |
10. Todos os cabos devem ser usados segundo a tabela de capacidade a seguir, que tem como base a corrente máxima a ser atendida, medida em amperes. | |
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Série Métrica
PVC 70º C (ABNT – NBR – 6148) |
Série AWG/MCM
PVC 60º C (ABNT -EB -98) |
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(mm²)
|
Corrente máxima
Ampères |
AWG/MCM
|
(mm² Aprox)
|
Corrente máxima
Ampères |
1,5
|
15,5
|
14
|
2,1
|
15
|
2,5
|
21
|
12
|
3,3
|
20
|
4
|
28
|
10
|
5,3
|
30
|
6
|
36
|
8
|
8,4
|
40
|
10
|
50
|
6
|
13
|
55
|
16
|
68
|
4
|
21
|
70
|
25
|
89
|
2
|
34
|
95
|
35
|
111
|
1
|
42
|
110
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