A garagem está entre os itens mais importantes em um condomínio, tanto que o número de vagas nos edifícios novos vem aumentando. É uma necessidade atual e, na hora de escolher um prédio para morar, a maioria dos interessados quer saber em primeiro lugar sobre as condições das vagas em que ficarão seus automóveis. Mas, nem sempre as garagens estão com a estrutura adequada, principalmente no que diz respeito ao piso. É comum encontrar os espaços com o chão esburacado e a estrutura mal planejada, com pouca resistência, juntas de dilatação inadequadas e até mesmo ferragens expostas. Nos edifícios mais antigos, construídos há décadas, o problema com a estrutura do piso das garagens é ainda maior, já que os critérios para edificá-las eram menos precisos.
Expostos ao esforço provocado pelo peso dos automóveis e outros desgastes cotidianos, os pisos de garagens necessitam de revestimentos específicos para uma maior durabilidade. Siro Capistrano, diretor técnico de empresa especializada em restaurações de garagens, explica que o melhor critério para a escolha dos materiais é optar por produtos resistentes, como o epóxi ou poliuretano, nas áreas de maior atrito como curvas e rampas, tomando o cuidado de tornar essas áreas antiderrapantes para evitar acidentes. “Nas áreas de menor trafego, como boxes, é possível usar materiais mais simples, como tintas de base solvente monocomponentes, que vêm prontas sem a necessidade de misturar outros produtos. Porém, o mais indicado é usar produtos bicomponentes em tudo, pois são misturas mais resistentes e evitam o efeito causado pelos pneus aquecidos que removem pontos no estacionar e sair do veículo” orienta.
O técnico explica que existem vários tipos de revestimentos, desde tintas à base d’água até produtos bicomponentes. Entretanto, o mais importante é o preparo da superfície, que deve ser feito com materiais de alto desempenho, concretos resistentes e com aderência correta.
Siro orienta que as reformas sejam feitas sempre que o piso apresentar desgaste que comprometa a estrutura da laje original da edificação. “Nos casos de contrapiso, deve-se verificar de que forma ele foi executado, ou seja, se existem telas antifissuras, armações, ou somente concreto”, recomenda. Com relação à durabilidade, ele explica que a questão está relacionada ao tipo de substrato, de reparo e de tinta aplicada. “Substrato e tinta de boa qualidade podem durar de 15 a 20 anos”, destaca.
A limpeza, item importante para garantir a durabilidade dos revestimentos, deve ser feita com equipamentos que dispensem o uso de grandes quantidades de água e cloro. “Nunca, em hipótese alguma, deve-se lavar pisos de concreto armado, pois esta atividade compromete a integridade da estrutura”, alerta.
Vera Lúcia de Souza Lima, síndica do condomínio Residencial Dante Tomio, em Balneário Camboriú, reformou as garagens do condomínio há quatro anos e até hoje aprova o resultado. “Tínhamos um piso grosseiro com acabamento em cimento bruto que deixava a garagem com um aspecto desleixado e até desvalorizava os imóveis. Quando tínhamos um apartamento à venda era constante a crítica pelo estado das garagens”, diz.
Segundo a síndica, a reforma iniciou com o lixamento e polimento do piso para tirar as imperfeições. A seguir foi aplicada uma camada de massa acrílica e em seguida feita a pintura em tinta epóxi industrial com catalizador. “Nas rampas foi aplicado somente tinta com areia de quartzo para deixá-las antiderrapantes”, relata.
Vera conta que o valor total investido no piso foi de R$ 37 mil para a garagem de cinco pisos e com 105 boxes. “Nossas garagens ficaram totalmente remodeladas e até hoje não houve a necessidade de uma manutenção”, conta a síndica.
Por Condomínio SC
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